Estamos estudando - como parte constitutiva da Disciplina "Gestão do Conhecimento e Modelagem da Informação", do Mestrado Profissional Gestão em Organizações Aprendentes-MPGOA da UFPB - o método OKA (Organizational Knowledge Assessment), concebido no World Bank Institute (WBI), que é utilizado para diagnosticar a gestão do conhecimento em organizações governamentais e privadas.
O método OKA consiste em uma coleta de dados sobre vários aspectos da GC focados em categorias pessoas, processos e sistema, cujos resultados são visualizados por meio de um diagrama radial de fácil visualização e interpretação. Cada uma dessas categorias inclui uma série de "Dimensões do Conhecimento", consideradas elementos chave da ferramenta; e cada "Dimensão do Conhecimento" incorpora um número de métricas. O método utiliza-se de um questionário de 204 perguntas elaboradas por diversos especialistas sobre o tema. Na nossa disciplina, o questionário será aplicado pelos aprendentes às organizações às quais são vinculados. As respostas obtidas pela aplicação do questionário serão registradas no software de coleta de dados do OKA; conforme sejam essas respostas, o software gerará um diagrama, a partir do qual será possível visualizar a situação da GC na organização alvo. O diagrama quantifica e fornece valores para cada dimensão das categorias definidas.
"Dimensões do Conhecimento"
– Cultura e Incentivos
– Identificação e Criação de Conhecimento
– Compartilhamento do Conhecimento
– Comunidades de Prática e Times
– Aprendizado e Absorção do Conhecimento
– Liderança e Estratégia
– Alinhamento do programa/atividades de GC aos
objetivos da Organização
– Operacionalização de processos do conhecimento nos
processos institucionais
– Fluxos de gestão do conhecimento
- Tecnologia de Informação de suporte às atividades e
programas de GC
- Infraestrutura de Acesso ao Conhecimento
- Tipos de Conteúdo refletindo o Conhecimento da
Organização
- Infraestrutura de suporte ao Program de GC
O modelo é bastante interessante por congregar perspectivas diferentes mas complementares da gestão do conhecimento, e certamente permite uma visualização bastante integrada e completa da organização em análise. Entretanto, parece-me que modelos robustos tendem a direcionar a estratégia da organização para um caminho "padrão", ou seja, de acordo com as melhores práticas percebidas no mercado. É importante enfatizar que na análise dos resultados diagnosticados a perspectiva do modelo de gestão e a visão peculiar daquela organização específica devem ser considerados na formação da estratégia, isso sobretudo em organizações mais inovadoras, nas quais a estratégia foge um pouco da lógica tradicional.
ResponderExcluirEncantada com este discernimento, Tobias. Aprecio tanto a visão que elabora sobre o modelo, como a sugestão de postura e abertura perante os indicadores de resultados.
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